Os candidatos às eleições presidenciais cabo-verdianas de 2021 gastaram pelo menos 1,6 milhão de euros com as campanhas e o Estado atribuiu 1,1 milhão de euros em subvenções, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
José Maria Neves, que foi eleito Presidente da República nessas eleições, à primeira volta, com 96.035 votos (51,7%), apresentou à CNE despesas totais das contas da campanha eleitoral de 703 mil euros.
Por seu turno, Carlos Veiga, igualmente antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, o primeiro candidato presidencial com as contas validadas pela CNE e o segundo mais votado naquela eleição (42,4%), foi o que mais gastou em campanha – a sua terceira campanha para tentar a eleição para Presidente, depois de falhar a eleição também em 2001 e 2006 -, com despesas totais, em 2021, superiores a 843 mil euros, tendo recebido uma subvenção líquida no valor de 520 mil euros, face aos 78.603 votos expressos nas urnas, segundo o edital de 15 de Julho de 2022.
O segundo candidato presidencial com as contas validadas e terceiro mais votado nas eleições presidenciais de 2021 foi Casimiro Pina, que obteve 1,8% dos votos e de acordo com o edital da CNE de 08 de Agosto do ano passado, apresentou despesas totais de campanha de 1.850 euros, financiadas, nomeadamente, por um empréstimo e donativos, no total de 2.475 euros.
De acordo com a Lusa, até ao momento, ainda não são conhecidas as contas de campanha de Gilson Alves e Joaquim Monteiro, os menos votados nas eleições de 2021, respectivamente com 0,8% e 0,7% dos votos.