Um total de 529 famílias moçambicanas receberam, desde 2013, cerca de 1,4 milhões de euros como compensação das acções de exploração mineira da empresa Jindal que terá afectado as referidas populações, de acordo com uma nota da companhia mineira distribuído à imprensa.
O dinheiro vem do cofre da Jindal, a entidade indiana que explora carvão em Teté, cidade moçambicana, e serviu, entre outros, para a recuperação de campos agrícolas nos distritos de Marara e Cahora Bassa, segundo uma nota divulgada pela empresa.
No documento, a Jindal aponta ainda que, além dos camponeses, 289 famílias que viviam nas proximidades da sua área de operação beneficiaram de novas residências em outras zonas, num processo que incluiu a construção de infra-estruturas, em número não especificado.
Além de realojar, a empresa “efetuou o pagamento de 758 mil euros, precisamente 52,8 milhões de meticais, a moeda local, como subsídio de renda de casa para os residentes da comunidade de Cassoca [distrito de Marara], durante o período de espera para realojamento, entre 2015 e 2019”, acrescenta a nota.
No comunicado a empresa refere ainda que também disponibilizou pouco mais de três milhões de meticais (43 mil euros) para apoiar projectos comunitários para reforçar os meios de subsistência das famílias abrangidas, com destaque para os ligados às áreas da agricultura e pecuária.
A companhia indica igualmente que, entre 2013 e 2019, pagou ao Estado moçambicano um total de 165 milhões de meticais (2,3 milhões de euros) em impostos, classificando-se como “uma das grandes contribuintes de receitas fiscais”.
A Jindal, através da sua subsidiária JSPL Mozambique, explora o carvão mineral na província de Tete, desde 2013.