O presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) de São Tomé e Príncipe, Jorge Correia, reclamou incentivos para a classe que diz estar descapitalizada e padecer com a burocracia da administração pública, furto e insegurança no arquipélago.
Jorge Correia falava diante dos empresários e do primeiro-ministro são-tomense no evento que marcou a oficialização do comité consultivo sobre assuntos económicos e empresariais para estreitar a cooperação entre o executivo e o empresariado nacional.
na ocasião, o presidente da CCIAS sublinhou que “compete ao Estado promover, fomentar e facilitar a competitividade às iniciativas privadas económicas, com políticas claras e consequentes para que o sector privado possa desenvolver as suas actividades de uma forma saudável gerando riquezas, aumentando o número de empregos e consequentemente reforçando a sua contribuição para a economia do país”.
Para Jorge Correia a auscultação do sector privado e “imprescindível”, numa altura em que a economia do país está fragilizada e a população “cada vez mais pobre”.
“O desemprego, a inflação, os preços dos produtos de primeira necessidade, principalmente os importados, não param de subir. A população está cada vez mais pobre e o poder de compra dos nossos concidadãos vem baixando e com ele obviamente o consumo”, referiu o representante dos empresários são-tomense, citado pela Lusa.
O presidente da CCIAS disse que em São Tomé e Príncipe “a promiscuidade no sector privado é tanta que não se consegue distinguir ao certo quem é funcionário público ou do sector político e quem é o empresário na verdadeira essência do termo”.
Segundo Jorge Correia, os investidores dizem que “operar em São Tomé e Príncipe é muito desafiador, transmitindo sinais muito negativos para o exterior”, numa altura em que os principais operadores económicos “perderam capacidade financeiras para negócios circunscrevendo-se em simples vendedores ambulantes, esperando por melhores dias”.
Indicou ainda o “excesso de burocracia numa administração pública desassustada, aumento quotidiano de informalidade, com maior destaque no comércio, fenómeno crescente de onda de furto, indisciplina e insegurança, quebra de confiança da parte de investidores, queda de poder de compra da população”.