O Governo cabo-verdiano acaba de anunciou que o país vai poder aceder a 40 milhões de dólares do Fundo para Resiliência e Sustentabilidade (FRS), mecanismo recentemente criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Trata-se de um novo mecanismo que tem por objectivo ajudar os países a lidarem com os desafios estruturais macroeconómicos, face ao contexto actual de crise, segundo um comunicado do Governo cabo-verdiano sobre a participação do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, nas Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do FMI, que decorreram de 18 a 24 de Abril em Washington.
“Para ter acesso ao fundo, Cabo Verde terá de colocar “em prática algumas recomendações mais genéricas”, nomeadamente continuar a investir na saúde, na segurança sanitária, “continuar a trabalhar para que as despesas sociais possam ser protegidas” ou “evitar o aumento da pobreza extrema”, bem como “acelerar as reformas, concretamente, ao nível da transição energética e da transição digital, e aposta na mitigação e adaptação às alterações climáticas”.
O Governo refere ainda no documento que esta missão a Washington “permitiu a Cabo Verde dar seguimento às negociações com o FMI para se fechar o novo Programa que vai ajudar o país ao nível da implementação de reformas estruturantes para o seu desenvolvimento sustentável” e que vai apoiar ainda o “relançamento da economia cabo-verdiana” e a adopção de um novo modelo de gestão das Finanças Públicas para “permitir a Cabo Verde melhorar os indicadores macroeconómicos”.
Recorde-se que este programa com FMI tem uma abordagem ao nível da promoção de alguns investimentos em sectores catalíticos, visando a efectiva promoção da retoma da economia, bem como o investimento na inclusão social visando a redução da pobreza extrema, pelo que o programa também irá focar na criação de um mecanismo para estabilização macroeconómica.