Cabo Verde vai “sondar” outros países e parceiros internacionais para conversão da dívida em fundo ambiental e climático, à semelhança do que já começou a fazer com Portugal, disse o vice-primeiro-ministro do país.
“Estamos a começar com Portugal e vamos sondar outros países e outras instituições bilaterais e multilaterais para que possam dar o contributo para alimentarmos esse fundo climático e ambiental. Precisamos de recursos para podermos acelerar a transição energética”, destacou Olavo Correia, aos jornalistas na cidade da Praia, à margem de um encontro entre o Governo de Cabo Verde e a União Europeia.
De recordar que, a 20 de Junho, Portugal e Cabo Verde assinaram um acordo para a integração de 12 milhões de euros de dívida de Cabo Verde num fundo ambiental e climático a ser criado pelo Executivo da Praia, que quer ainda atingir a totalidade dos 140 milhões de euros da dívida.
Além de Portugal, o também ministro das Finanças sublinhou que Cabo Verde “vai pedir e chamar outros parceiros para contribuírem”, sendo um deles a União Europeia, que disponibilizou um apoio orçamental de 18 milhões de euros para 2021-2024.
“Nós temos a sorte de termos como um dos parceiros fundamentais nessa agenda a União Europeia, não só através da ajuda orçamental directa, mas também através do financiamento do Banco Europeu de Investimentos, com uma parte que pode conter doação, uma parte do donativo, uma parte subvenção, uma parte financiamento”, enumerou Olavo Coreia.
Mesmo tendo esses parceiros, o vice-primeiro-ministro entendeu que Cabo Verde deve “dar o sinal”, apostando na promoção da economia azul, como também na promoção e transição energética.
“Estamos no bom caminho. Temos uma visão clara, estamos com uma boa dinâmica, temos parceiros engajados e determinados a nos ajudar a executar essa agenda e estou crente que vamos ser bem-sucedidos”, manifestou.