Um terminal de cruzeiros começou esta Quarta-feira a ser erguido na cidade cabo-verdiana do Mindelo, num projecto de obras a cargo de um consórcio luso-cabo-verdiano, nomeadamente a Mota Engil e a Empreitel Fiqgueiredo.
Com um custo de 27 milhões de euros, o consórcio luso-cabo-verdiano vai construir, assim, o Terminal de Cruzeiros do Mindelo, uma das maiores obras públicas dos últimos anos em Cabo Verde, conforme um anúncio oficial feito em 15 de abril de 2021.
“Tendo-se obtido a ‘não-objecção’ dos financiadores do projecto, a assinatura do contrato com o empreiteiro seleccionado decorrerá nos próximos dias”, anunciou em comunicado a empresa pública Enapor, que gere os portos do arquipélago, adiantando que a obra será adjudicada por 26.483.603 euros e tem um prazo estimado para conclusão de 22 meses.
Para já, os trabalhos que vão dar forma àquela infraestrutura vão envolver a conquista de um terrapleno, denominada ‘Ponte Terrestre’, com 2.700 metros quadrados, a dragagem de aproximadamente 124.000 metros cúbicos na bacia portuária e no canal de acesso e a reabilitação do cais nove, que passará a servir navios de recreio de pequeno porte.
Segundo ainda a Enapor, na sua “componente mais importante”, as obras envolvem ainda a construção de um molhe de atracação de 400 metros de comprimento, com uma profundidade de 11 metros a norte e nove metros a sul, bem como uma gare de passageiros com 900 metros quadrados de área e respetivo ordenamento exterior, incluindo um parque de estacionamento.
“Com este projecto, Mindelo terá um Terminal de Cruzeiros inovador, moderno e com características técnicas bastante avançadas”, afirmou a Enapor.
Devido à pandemia de covid-19, o turismo de navios de cruzeiro ficou paralisado no arquipélago, mas alguns países já retomaram, de forma gradual, a actividade “e espera-se que, com a construção do Terminal de Cruzeiros do Mindelo e a melhoria das condições sanitárias a nível mundial, o país passe a receber anualmente cerca de 200.000 turistas de cruzeiros”.
Esta obra é co-financiada pelo Fundo ORIO, dos Países Baixos, e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional.