A República de Cabo Verde terminou os 12 meses de 2021 com uma balança comercial a registar um deficit de 642,8 milhões de euros, aumentando 10,5%, o que anula a recuperação registada no ano anterior [2020].
Segundo dados de um relatório provisório do Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica o Comércio Externo no quarto trimestre de 2021 – com números dos restantes trimestres –, as exportações aumentaram 1,3% em todo o ano, face a 2020, para 46,5 milhões de euros, e as importações cresceram 9,9%, para 689,3 milhões de euros. Já as reexportações, acrescenta, aumentaram 26,6% face a 2020, para 170,6 milhões de euros.
Informações compiladas pela Lusa, evidenciam que, com este desempenho, a balança comercial de Cabo Verde voltou a ser negativa em 2021, 642,8 milhões de euros, ou seja, 71.394 milhões de escudos, a moeda local, ‘ofuscando’ assim a melhoria registada de -10,6% de 2019 para 2020, que foi então o melhor resultado anual.
O órgão estatístico também mostra que, no quarto trimestre de 2021, o continente europeu continuou a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 72,8% das importações, com Portugal a liderar, com um peso total de 47,7%. Seguiram-se na lista dos principais exportadores para Cabo Verde no último trimestre de 2021 a China (7,3%), Espanha (6,1%) e Países Baixos (5,7%).
A Europa continuou a ser igualmente o “principal cliente” de Cabo Verde, absorvendo 92,3% do total das exportações nos últimos três meses de 2021, numa tabela que, por país, é liderada por Espanha, com 66,6% do total das vendas cabo-verdianas ao exterior.
Os produtos mais exportados por Cabo Verde continuaram a ser os preparados e conservas de peixes (76,8%), o vestuário (7,3%) e o calçado (4,4%).