Cabo Verde e Guiné-Bissau juntos na produção de cereais

Os Governos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, com o apoio técnico do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), estão a elaborar um projecto agrícola de produção de cereais, por parte dos cabo-verdianos, em terras de Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló, avançou nesta Quinta-feira na ilha da Boavista o Primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva. Falando…
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Os dois países estão a trabalhar na elaboração de um projecto agrícola que consistirá na produção de cereais por cabo-verdianos, em território guineense, para depois ser exportado para Cabo Verde.
Economia

Os Governos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, com o apoio técnico do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), estão a elaborar um projecto agrícola de produção de cereais, por parte dos cabo-verdianos, em terras de Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló, avançou nesta Quinta-feira na ilha da Boavista o Primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva.

Falando na abertura da 2ª Conferência Internacional de Parceiros (CIP), que encerra nesta Sexta-feira, 28, sob o lema “Impulsionar Mudanças e Acelerar o Desenvolvimento”, o chefe do governo cabo-verdiano, diz que o que se pretende é que o referido projecto “seja uma grande referência” na cooperação sul-sul e na complementaridade das economias.

“Estamos ainda na fase inicial de concepção. O objectivo é aproveitar aquilo de bom que a Guiné-Bissau tem em abundância e que Cabo Verde tem em falta. A Guiné tem terrenos férteis e tem água. O que pretendemos é produzir cereais na Guiné-Bissau e fazer com que esta produção depois passa a ser exportada para Cabo Verde e fazer com que a partir desta produção possamos ter a economia dos dois países a funcionarem. Portanto, há todo um trabalho técnico que está a ser feito e suportado por alguns parceiros institucionais e financeiros para pudermos colocar de pé esta grande ambição”, explicou à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Ulisses correia e Silva, à margem do evento.

Por sua vez, o seu homólogo guineense, ao intervir na conferência, na qualidade de convidado, falou da necessidade de se reforçar a cooperação sul-sul entre os dois Estados também em áreas como o turismo, economia digital, transportes marítimos, transição energética e transportes aéreos.

“Pelos laços históricos que unem os povos [guineense e cabo-verdiano], pela identidade dos desafios partilhados ao longo doa anos pelos dois países irmãos, pela necessidade do reforço da cooperação sul-sul, quer a nível da CDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental – quer a nível da CPLP, a Guiné-Bissau reconhece a necessidade do reforço da cooperação, pois certamente terá muito a ganhar nesta relação de partilha de experiências”, justificou Nuno Gomes Nabiam.

De recordar que, na semana passada, a secretária de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau, Salomé Allouche, havia manifestado, na cidade da Praia, a disponibilidade do seu país em oferecer terrenos a Cabo Verde para a prática da agricultura. “É uma possibilidade muito boa, temos terrenos para isso, estamos abertos para isso”, disse a governante, em conferência de imprensa, no âmbito de uma visita de dois dias efectuada a Cabo Verde.

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