Cabo Verde vai contar com um Conselho Nacional de Gestão de Pragas e Doenças na Agricultura (CNGPDA), responsável pela monitorização dos principais inimigos de culturas em todo o território nacional, determinou o Governo.
De acordo com a resolução do Conselho de Ministros que cria esta estrutura, de 14 de Março, este conselho surge face à prevista criação de um grupo de trabalho especificamente para lidar com a praga da lagarta-do-cartucho do milho, mas que é agora alargada a todas as pragas que ameaçam a agricultura cabo-verdiana.
“Por forma a maximizar os recursos e a capacidade de coordenação, seguimento e intervenção no terreno, em Cabo Verde, foi acordada a criação de uma comissão, não apenas para um bio-agressor específico (mosca de fruta ou a lagarta-do-cartucho do milho), mas para uma estrutura única que trata dos principais inimigos de culturas”, lê-se na resolução que cria a CNGPDA.
O Governo recorda igualmente que “um dos problemas que limitam o desenvolvimento da agricultura cabo-verdiana”, para além da escassez de água e de solo, “é, sem dúvida, o problema dos estragos provocados por diversos inimigos de culturas”.
“Sobretudo as pragas como a mosca da fruta, Bactrocera dorsalis; a lagarta-do-cartucho do milho, Spodoptera frugiperda; o gafanhoto, Oedaleus senegalensis; o diplópode, Bandeirenica caboverdus, entre outros, que vêm reduzindo a produção e a produtividade agrícola, afectando sobremaneira o rendimento dos produtores e a segurança alimentar da população”, refere.
Acrescenta que para “dar uma resposta proporcional ao flagelo”, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) implementou iniciativas regionais, através de um projecto de apoio ao plano regional contra a praga e que implementou um sistema de vigilância fitossanitária, iniciativa que está actualmente a ser alargada a todos os Estados-membros, por meio da implementação de um novo projecto sobre Sistema Regional Inovador de Gestão da Mosca da Fruta na África Ocidental (SyRIMAO).