Foi a 5 de julho de 1975 que, no estádio da Várzea, a bandeira de Cabo Verde foi hasteada pela primeira vez em sinal da Proclamação da Independência do país.
Este ano celebram-se 49 anos sobre esse marco histórico, no mesmo ano em que também se assinala o centenário de Amílcar Cabral.
Para marcar o dia, a Presidência da República de Cabo Verde organiza uma agenda de atividades oficiais que começam com a habitual deposição da coroa de flores junto à estátua do líder da independência, seguindo-se o acto solene na Assembleia Nacional.
Durante a tarde do 5 de julho o Presidente da República, José Maria Neves atribui várias condecorações “a figuras e instituições que contribuíram para a afirmação de Cabo Verde como Nação”.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, recebe a mais alta condecoração, a Ordem Amílcar Cabral, Primeiro Grau, “pelo seu significativo contributo ao desenvolvimento do setor da saúde em Cabo Verde”, lê-se na nota enviada à Forbes África Lusófona.
Na cerimónia desta sexta-feira recebem também os galardões, personalidades da cultura que desempenharam um importante papel na afirmação e consolidação da identidade caboverdiana. Os compositores Daniel Rendall, autor da canção “Cabral Ka Mori” e Alcides Spencer Brito, autor de “Labanta Brasú Bo Gritá Bo Liberdadi”, dois importantes hinos da Independência de Cabo Verde recebem a Ordem do Dragoeiro, 2.o Grau. A mesma insígnia é atribuída ao grupo musical “Os Tubarões”, três dias depois da banda ter perdido um dos seus mais emblemáticos integrantes, o saxofonista Totinho.
Kaoguiamo, grupo formado em Paris com o objetivo de despertar a consciência dos imigrantes e conquistar apoio internacional para as lutas de libertação das ex colónias portuguesas será reconhecido com a Medalha do Vulcão, 2a Classe.
O dia da Independência Nacional termina nos jardins da Presidência ao final da tarde com a habitual recepção à comunidade e corpo diplomático.