A empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) avisa que a burocracia nos processos aduaneiros na fronteira de Ressano Garcia está a gerar prejuízos para a companhia, que já perdeu 85 mil euros, nos últimos meses.
Miguel Matabel, presidente dos CFM, classifica a situação como constrangedora. “Ao assinarmos o acordo com a nossa congénere da África do Sul pretendíamos eliminar os longos períodos de espera que observávamos para a troca de locomotivas, mas surgiu este fenómeno alfandegário, que, até certo ponto, belisca a credibilidade do país”, afirmou.
No total, confirma o responsável, a burocracia e alegada morosidade nos processos aduaneiros na fronteira de Ressano Garcia, a maior entre Moçambique e África do Sul, provocaram um prejuízo de 1,5 milhões de rands (85 mil euros) para empresa nos últimos meses.
“Como empresa, também temos estado a direccionar enormes investimentos em meios circulantes para fazer face à procura e, quando encontramos barreiras, geram-se prejuízos difíceis de recuperar”, explicou Miguel Matabel.