O Brasil, a Índia, a China e a África do Sul, que fazem parte do bloco dos países de economias emergentes (BRICS), criticaram o que consideram de “duplos padrões” dos países ricos que pressionam as Nações em via de desenvolvimento a abandonar os combustíveis fósseis, enquanto aumentam o seu próprio consumo.
“Tais duplos padrões são incompatíveis com a equidade e a justiça climática”, afirmaram os quatro países numa declaração conjunta feita à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que decorre no Egipto.
As quatro Nações dizem estar “muito preocupadas” com o facto de os países mais desenvolvidos ainda não terem mostrado liderança ao desafio climático com um esforço progressivo, de acordo com a Lusa.
Os BRICS esperam também que seja possível alcançar uma nova meta de financiamento climático e que seja acordado um novo objectivo global de adaptação e que o Programa de Trabalho de Mitigação, em conformidade com o Acordo de Paris, seja concluído.
Trabalhar para que o acordo final da COP27 inclua progressos substanciais no sentido da criação de um mecanismo de financiamento para compensar os países pobres pelos prejuízos causados no seu território pelas alterações climáticas, são as garantias do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul, que ofereceram, igualmente, apoio à Presidência egípcia da cimeira climática, para tornar o evento um sucesso “e alcançar resultados ambiciosos, equitativos e equilibrados”.