A Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) prevê para o ano de 2023 a emissão da primeira obrigação azul, a cotação de pelo menos mais duas empresas na bolsa e ter a primeira edição do Bolsa Awards.
Segundo o presidente da BVC, Miguel Monteiro, que discursava, na sessão de apresentação do resultado da oferta particular de subscrição de obrigações seniores do International Investiment Bank (IIB), 2022 foi, sem dúvidas, um ano excepcional para a instituição, com grandes marcos, reflectidos nos números alcançados nas emissões de títulos e na capitalização bolsista.
“Com a última emissão do IIB, a bolsa de valores atingiu o objectivo preconizado de fazer pelo menos 10 emissões diversas em 2022, tendo realizado oito emissões corporate e duas municipais, ultrapassando em mais de duas vezes a média dos últimos anos que era de quatro emissões/ano”, considerou.
Miguel Monteiro, disse, no entanto, que no ano findo, a capitalização bolsista global atingiu, pela primeira vez, o patamar dos 968,9 milhões de euros.
De entre os objectivos para este ano, o responsável, citado pela Lusa, falou da promoção de instrumentos financeiros para a Diáspora cabo-verdiana, tal como as Diáspora Bonds e participação na Ocean Race/Ocean Summit, enquanto ‘presenting partners’, maior evento desportivo que acontecerá em Cabo Verde e que vai contar com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Actualmente, a Bolsa de Valores de Cabo Verde conta com quatro empresas cotadas: Caixa Económica de Cabo Verde (CECV), Banco Comercial do Atlântico (BCA), ENACOL e Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT).