A capitalização da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) ultrapassou, no final de Abril, pela primeira vez na sua história, os 100 mil milhões de escudos (903 milhões de euros), impulsionada pelo crescimento das emissões bolsistas.
Segundo o presidente do conselho de administração da instituição, Miguel Monteiro, este cenário “demonstra que a Bolsa está no bom caminho porque um dos indicadores que normalmente é referência em termos internacionais é a capitalização bolsista”.
Miguel Monteiro acrescentou que “ultrapassar os 100 mil milhões de escudos cabo-verdianos (903 milhões de euros) é um marco, porque nunca foi atingido, e demonstra que a Bolsa tem estado a desempenhar o seu papel”, disse em entrevista à Lusa.
A BVC registou até 2021 uma média de quatro emissões bolsistas anualmente, mas, segundo o seu PCA, só no primeiro quadrimestre do ano em curso já realizou precisamente quatro, o que contribuiu para este recorde na capitalização bolsista, com mais de 30 intenções de emissão em preparação, algumas para concluir até final do ano.
A capitalização bolsista da BVC já tinha aumentado 12,89% em 2021, face a 2020, para cerca de 92 mil milhões de escudos (834 milhões de euros), segundo dados anteriores da instituição, crescimento que, para Miguel Monteiro, resulta da “nova política de aproximação” aos agentes económicos do arquipélago.
A Bolsa de Valores de Cabo Verde foi criada em Maio de 1998 e conta ainda com quatro empresas cotadas, com destaque para o Banco Comercial do Atlântico (BCA, detido pelo grupo Caixa Geral de Depósitos) e para a Caixa Económica, e outras que emitem obrigações.