O valor de negociação na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) deverá atingir mais de um bilião de kwanzas até ao fim deste ano, mais de 200 mil milhões de kwanzas que o total transacionado o ano passado, que foi de 800 mil milhões de kwanzas.
As informações foram avançadas, há dias, pelo director do Gabinete de Estudos e Estratégia da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Johny Soky, num encontro mantido com jornalistas, tendo justificado esta diferença com o crescimento do mercado, de novos investidores, e de uma política que o próprio Estado tem levado a cabo, no sentido de suavização da dívida pública.
O valor que deverá ser alcançado até Dezembro deste ano, aproxima-se ao registado em 2020, em que foi negociado na bolsa um montante acima de um bilião de kwanzas, sofrendo uma redução no ano seguinte, em 2021, para 800 mil milhões de Kwanzas.
Johny Soky não considera um decréscimo e explica que o mercado “tem força própria” e que, muitas vezes, “as motivações são emocionais”, não sendo, por isso, são coisas matematicamente perceptíveis.
“Se convertermos estes 800 mil milhões numa média mensal, poderemos ter cerca de 70 ou 80 milhões por mês, o que é aceitável e bastante considerável, se tivermos em conta as médias dos outros períodos”, avançou o técnico.
O Director do Gabinete de Estudos e Estratégia da Comissão de Mercado de Capitais esclareceu que o grande papel do mercado de capitais é proteger quem coloca o seu dinheiro numa empresa, no sentido das pessoas tomarem uma “decisão consciente”.
“Por via de regulamentos que nós temos, por via de supervisionar os agentes que recebem o dinheiro destes investidores e perceber se eles tomam as melhores decisões, de acordo com a sugestão do investidor. Todo este processo que é feito é para garantir que haja confiança no mercado”, destaca.