O Banco Nacional de Angola (BNA) deu ‘luz verde’ ao novo plano de recapitalização e reestruturação apresentado recentemente pelos accionistas do Banco Económico, mas adverte que pode travar o curso da estratégia se esta mostrar-se inviável por qualquer circunstância.
Numa nota divulgada no seu website, o regulador do mercado bancário e financeiro angolano diz que o objectivo da medida imposta por si é o de garantir a estabilidade do sistema financeiro angolano e a salvaguarda dos interesses dos credores, nomeadamente dos depositantes.
Há mais ou menos um mês, o BNA tinha alertado aos accionistas do Banco Económico para a necessidade de reforço de capital, definindo finais de Novembro último como prazo para os mesmos [accionistas] realizarem o referido aumento de capital. Como não o fizeram, o regulador da banca angolana obrigou-os a apresentarem um novo plano de recapitalização e reestruturação, que acabou por ser entregue ao banco central.
De acordo com a estratégia, o Banco Nacional de Angola irá monitorar a implementação do Plano de Recapitalização e Reestruturação ora aprovado e introduzirá as correcções que se mostrem necessárias à sua conclusão satisfatória. Aliás, o regulador já advertiu poder vir a interrompê-la, caso se demonstre que, por quaisquer circunstâncias, a sua viabilidade deixe de ser garantida, tomando as medidas que melhor protejam a estabilidade do sistema financeiro e o interesse público, de um modo geral.
O órgão regulador reitera, na nota, que, com esta intervenção correctiva, para além do que decorre directamente das medidas enunciadas, não se alteram, neste momento, as relações de negócio do Banco Económico com os seus clientes, designadamente as condições contratuais dos créditos concedidos por esta instituição, bem como o funcionamento regular da sua rede de balcões e a possibilidade de os clientes realizarem todas as operações bancárias sem perturbações e, de um modo mais geral, a estabilidade do sector bancário nacional.