O Banco Nacional de Angola (BNA) tem investido na sensibilização e capacitação dos seus técnicos, como estratégia para prevenir e impedir ataques cibernéticos no seu sistema, garantindo assim que os dados dos clientes continuem seguros e protegidos, segundo garante um dos seus administradores, Pedro Castro e Silva.
O responsável – que falava no final da apresentação da décima terceira edição do estudo anual das “sete tendências que vão influenciar o mundo dos negócios, num futuro breve e longo”, uma iniciativa da empresa de consultoria Deloitte Angola – considera que a principal porta para a ocorrência de um cibercrime são as pessoas, por isso, revela, o BNA investiu numa nova cultura de interpretação deste fenómeno e na sensibilização dos seus trabalhadores quanto aos riscos da cibersegurança.
Sem precisar o número de ataques cibernéticos que o órgão regulador do mercado bancário angolano sofreu nos últimos anos, Pedro e Silva, limitou-se a dizer à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA que o banco central angolano tem registado tentativas de invasão do seu sistema, assegurando, no entanto, que “têm agido rápido”, travando as intenções criminosas.
“Nós montamos os processos não apenas para uma reacção, mas para sermos proactivos nesta questão da cibersegurança, o que implica identificar antecipadamente os riscos e reagir”, garante.
Sobre a segurança do sistema bancário angolano de forma geral, o responsável afirmou que os bancos nacionais estão devidamente protegidos, com a implementação de programas cujos testes são feitos regularmente, entretanto, entende que possuir estas infra-estruturas de combate ao cibercrime está longe de ser uma garantia da não ocorrência de ataques. “Temos que ter é a garantia de sabermos como é que vamos reagir e como é que vamos agir para que sejam minimizados os efeitos de um potencial cibercrime”, defendeu.
Jaime Pedro