Subiu para quatro o número de empresas financeiras não bancárias afastadas da actividade por falta de licença do regulador, depois de o Banco Nacional de Angola (BNA) ter interpelado a DIBRAQ, uma sociedade vocacionada para prestação de serviços financeiros que actuava à margem das regras do mercado, de acordo com um comunicado do banco central divulgado no seu website.
Com esta operação, o BNA efectiva as suas medidas de intervenção e correcção ao mercado monetário e financeiro, numa estratégia em que já caíram, só este ano, a Angobit, a Academia de Investimentos e a Xtagiarious, sendo que esta última viu a sua conta bancária ser bloqueda no Banco Angolano de Investimento (BAI), ainda na véspera do seu afastamento do mercado, não só pelo banco central, como também pela Comissão de Mercado de Capitais.
Antes da queda destas start-ups este ano já haviam caídos, em 2020, outras fintech que operavam sem autorização. É o caso da TrocaKwanzas e a Memprestas, todos ao abrigo da estratégia de regulação e supervisão do mercado pelo órgão regulador.
Na nota que dá conta do afastamento da DIBRAQ, o BNA refere que a instituição não está habilitada a desenvolver os negócios que publicita nos seus meios de comunicação, além de alertar os agentes económicos de se absterem de fazer negócio com a entidade.
“O Banco Nacional de Angola adverte que a referida empresa “DIBRAQ”, localizada no Condomínio Cuditemo, Escritório nº 2 – 207, 208 e 209, 1º andar, Avenida Lar do Patriota, Luanda, Contribuinte Fiscal n.º 5000619698, não está habilitada a exercer, em Angola, qualquer actividade financeira sujeita à sua supervisão, nomeadamente, concessão de crédito e aplicações monetárias, actividades reservadas às instituições financeiras, cuja lista pode ser consultada na página electrónica do Banco Nacional de Angola http://www.bna.ao”, lê-se no documento.
Ao que FORBES apurou, numa ronda efectuada em vários sites e canais digitais, aumentam o número de entidades que alegam trabalhar com prestação de serviços financeiros, com destaque para a emissão de cartões Visa ou mastercard, transferências e compra de moedas estrangeira.
Como forma de fazer face ao crescente número de operadores não autorizados e por isso prevenir riscos ao mercado financeiro angolano, o próprio regulador colocou em marcha várias iniciativas para facilitar a criação de start-ups ligadas às fintchs, com o lançamento da incubadora desses serviços.
Aliás, da incubadora de fintch, o BNA distinguiu a AKI, com o prémio de “Start-up Mais Promissora”. A empresa é responsável pelo desenvolvimento de uma plataforma digital que disponibiliza um conjunto de serviços de pagamentos, compatível tecnicamente com sistemas externos, para validação de pagamentos de produtos e serviços diversos.