O sector da energia vai beneficiar de um empréstimo de 250 milhões de dólares do Banco Mundial (BM) e outro de 167 milhões de dólares da Agência Francesa do Desenvolvimento, num total de 417 milhões de dólares, que servirão para custear a implementação de projectos de electrificação.
Numa nota de imprensa enviada à FORBES, o BM esclarece que os 250 milhões de dólares a disponibilizar serão direccionados a um projecto que visa melhorar o acesso da população à electricidade nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Huambo, que no conjunto realizarão 196.500 novas ligações eléctricas, além da instalação de 93.857 postes de iluminação pública. Quando concluídos, os projectos irão beneficiar cerca de um milhão de pessoas.
Quanto aos 167 milhões de dólares, o documento precisa que serão canalizados para a expansão do acesso à electricidade e melhoria da capacidade da Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL), bem como para o fortalecimento da gestão sustentável das centrais térmicas.
Em Outubro de 2020, o Presidente da República, João Lourenço, afirmou na abertura da 4ª Sessão Legislativa da Assembleia Nacional, que a demanda atendida de energia eléctrica no país situava-se em 1.957 megawatts, o que representava um crescimento de 11%, em relação ao ano de 2019. Para o Chefe do Executivo, na altura, tais cifras eram reflexo das acções de investimento na extensão das redes de trasportes e da ligação de novos consumidores.
Reforçar o desempenho da ENDE
Pelo que consta no comunicado do Banco Mundial, o financiamento trará também a oportunidade de a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) reforçar o seu desempenho comercial, além de que servirão ainda para financiar a Rede Nacional de Transporte (RNT) para intervenções direccionadas de melhoria e optimização de despacho do fornecimento de energia eléctrica.
O valor do empréstimo, ainda de acordo com o comunicado do BM, permitirá também que sejam implementadas medidas que conduzam ao aumento da capacidade operacional, comercial e técnica das três empresas públicas de energia, na expectativa que venham a resultar em melhorias significativas nos serviços de electricidade em todo território nacional.
“O investimento neste sector é elementar para o desenvolvimento económico de Angola. Pelo que, o acesso de qualidade aos serviços de electricidade trará para outros sectores como os da saúde, agronegócio, saúde, educação, comércio e industrial um progresso considerável”, defende o director do Banco Mundial em Angola, Jean-Christophe, citado no documento.