O Governo angolano e o Banco Mundial (BM) assinaram nesta Segunda-feira, 26, em Luanda, um acordo por meio do qual a instituição financeira disponibilizará 300 milhões de dólares para apoiar o Projecto de Aceleração da Diversificação Económica e Criação de Emprego.
O acordo foi rubricado entre a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, e pelo director regional do Banco Mundial para Angola, Burundi, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe, Albert Zewfack.
Na ocasião, a vice-presidente do Banco Mundial, Vitoria Kuakua, referiu que o projecto apoia o “pilar crítico” da diversificação do próximo Plano de Desenvolvimento Nacional, destacando a importância de Angola desenvolver os sectores não petrolíferos para reduzir a exposição à volatilidade do preço e produção do petróleo.
“Angola tem um grande potencial para tornar-se uma potência agroindustrial e para desenvolver outros setores, como os serviços tecnológicos, que podem criar empregos nos centros urbanas, papel que deve ser liderado pelo sector privado”, sublinhou.
Segundo a responsável, as estatísticas angolanas referem que mais de 80% das empresas são micro, com menos de cinco trabalhadores, 60% das quais no comércio, metade das quais em Luanda, frisando que “o sector privado não está a desempenhar um papel suficiente na criação de bons empregos”.
O documento assinado entre as partes, destacou Vitoria Kuakua, tem como objectivo aumentar o investimento privado no crescimento das micro, pequenas e médias empresas, de formas a que sejam resistentes ao clima e com foco no corredor do Lobito, essencial para a diversificação da economia, na medida em que liga o litoral às zonas agrícolas bem como aos países vizinhos.
“O seu objectivo visa catalisar investimentos públicos e privados em infra-estruturas produtivas no corredor do Lobito, através de parcerias público-privadas e investimentos de 100 milhões de dólares em infra-estruturas e de trabalhos de última linha. Apoiará igualmente o esforço da capacidade das empresas e adoção de tecnologias, bem como facilitará a concessão de empréstimos comerciais a estas micros, pequenas e médias empresas, através de linhas de crédito”, disse Vitoria Kuakua sobre a iniciativa que esperam beneficiar 12.000 empresas.