O Banco de Fomento Angola (BFA) saiu vitorioso, no concurso limitado colocado em marcha pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), que visava escolher o intermediário para o processo de venda das posições do Estado na empresa Sonangalp, anunciou o órgão estatal em nota enviada à FORBES.
Com esta conquista, o maior banco angolano em resultados líquidos no exercício 2020 é contratado pelo IGAPE para a prestação de serviços de intermediação financeira, no âmbito da privatização da participação do Estado na Sonangalp, detida pela Sonangol Holdings, conforme previsto no Programa de Privatizações (PROPRIV).
Segundo ainda o IGAPE, o BFA foi contratado no âmbito de um concurso limitado por convite para a aquisição de serviços de distribuição de valores mobiliários, o que cumpre com as indicações do Decreto Presidencial n.º 250/19, que cria o Programa de Privatizações, uma vez que a Sonangalp será privatizada por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI).
“Apenas as instituições que cumprem os requisitos para operações em mercados regulamentados foram previamente qualificadas e convidadas ao referido concurso”, explica o IGAPE.
O banco passa assim a actuar, durante a execução do contrato, em parceria com a Ernst & Young (EY), a CKA & Associados e a Linklaters, cuja responsabilidade será apoiar a Sonangalp, Lda. na estruturação, avaliação, divulgação, identificação de investidores e venda das acções da Sonangalp, para além de outras tarefas inerentes à preparação da privatização, sendo que os custos do contrato serão financiados com o resultado da venda.
A privatização da Sonangalp será antecedida de um processo de reorganização societária, patrimonial e financeira, due diligence e avaliação da empresa, nos termos da Lei de Bases das Privatizações.
O IGAPE justifca ainda que a selecção do BFA como intermediário financeiro teve em consideração o facto de “ser um dos bancos estruturantes do sistema financeiro angolano, sólido e com vasta experiência em Banca de Investimento, com destaque para os processos de Vendas, Fusões e Aquisições (M&A), bem como o facto de o mesmo apresentar uma equipa forte, que inclui a EY, com ampla experiência demonstrada na organização e preparação de OPI’s em outros mercados, com experiência nas múltiplas áreas de intervenção”.