Um total de 1,5 milhões dólares é o valor que a empresária angolana Beatriz Franck investiu para a construção e apetrechamento da sua academia de moda, com 10%  do valor a ser financiado pela banca.

Localizada noa zona do Benfica, a academia “abre as portas” no próximo dia 03 de Novembro  e vai gerar mais de 30 postos de trabalhos directos, prevendo-se que venha a formar  mais de 120 pessoas por mês.

“Se nós fizermos cursos semanais, cada sala tem 30 pessoas, então mensalmente podemos formar 120 pessoas, pois as formações vão depender do nível de preenchimento das salas. Estamos a pensar em fazer uma média mínima de 15 pessoas por sala e máxima 30”, disse Beatriz Franck em entrevista exclusiva à FORBES.

Na academia, serão leccionados várias matérias ligadas à moda, desde o curso de auto-estima e styling, módulos de elegância, etiqueta, corte, costura e design, bem como marketing de moda e vitrinista.

Actualmente, a empresária é detentora da marca “Beatriz Franck” conta com três lojas físicas, localizadas no Xyami Kilamba, Zé Pirão e também no Benfica, tendo investido, em cada infra-estrutura, cerca de 400 mil dólares por cada loja.

Há 20 anos no mercado, Beatriz Franck ressalta que a indústria da moda é fundamental no mundo inteiro e em Angola não seria diferente, por, como disse, ser uma indústria que gera milhões de empregos e receitas. “E uma indústria que faz mover desde agricultura (plantação de algodão) até a tinturaria, designer, estilistas e modelistas”, frisou.

Sobre o actual momento da moda no país, a empresária referiu que Angola está muito além, e com um caminho muito longo a percorrer “para produzir uma moda propriamente made in Angola“. Para a Franck, quando se fala de moda made in Angola, refere-se ao facto de comprar o tecido, os botões, fechos e zippers, e os demais adereços para uma peça localmente.

“Ainda estamos muito longe. Se investirmos, daqui a cinco ou 10 anos é que vamos estar a ter uma indústria de moda a dar os pequenos passos para se tornar um país industrializado a nível de moda, mas, de momento, ainda estamos muito além. Falta muita coisa, desde produção de algodão, fábricas de tecido, de fechos, adereços e tudo mais”, finalizou.