O Banco de Comércio e Indústria (BCI) promete apresentar o “Plano de Reestruturação e Recapitalização” da instituição dentro do período que foi exigido pelo Banco Nacional de Angola (BNA), de acordo com uma nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
“O Accionista, por intermédio dos Órgãos Sociais do Banco, leva ao conhecimento do público, que se sente confortável em, no prazo de 30 dias, conforme o exigido, apresentar o Plano de Restruturação e Recapitalização do Banco de Comércio e Indústria, S.A.”, refere o documento.
O BCI explica que o aumento de capital, de formas a solidificar os níveis de Fundos Próprios e Solvabilidade, foi aprovado em assembleia geral da instituição bancária, fundada em 1991 e que conta com uma rede de distribuição de 82 balcões e 31 postos de serviço.
O banco que se tornou privado depois de ter sido adquirido pelo Grupo Carrinhos Empreendimentos por 29,3 milhões de dólares norte americanos, ao comprar as 100 mil acções do BCI, esclarece ainda que as medidas implementadas pelos seus gestores “são as necessárias e imprescindíveis”, conforme os normativos do BNA. “Nos cinco meses de gestão foi possível inverter-se a tendência dos prejuízos com reflexos nas contas de exploração”, garante a instituição em comunicado.
O início da restruturação “profunda” que teve início depois da aprovação dos novos Órgãos Sociais pelo Banco Nacional de Angola (BNA), tem como objectivo, segundo o documento, “salvaguardar um melhor ambiente de trabalho e as condições dos seus colaboradores, com uma excepcional prestação de serviços diferenciados aos seus clientes, da sua manutenção e existência como uma importante e robusta entidade do sistema financeiro nacional, dos seus parceiros internos e internacionais”.
Recorde-se que, há dias, o BNA, órgão que regula o mercado bancário angolano, informou em comunicado que aplicou medidas de intervenção correctiva ao BCI, por alegada “insuficiência de fundos próprios regulamentares e rácio de fundos próprios abaixo do mínimo regulamentar”, tendo “obrigado” a instituição a apresentar ao banco central, em 30 dias, um plano de recapitalização e reestruturação.