O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou a Guiné-Bissau como estando numa região que é significativamente vulnerável a ‘defaults’ soberanos e apontou que seis bancos não teriam capital para sustentar um incumprimento financeiro.
Segundo o FMI a Guiné-Bissau está numa zona regional particularmente difícil, o que é particularmente relevante em caso de incumprimento por parte da Costa do Marfim, o maior país” da região da União Económica e Monetária do Oeste de África (UEMOA), como chegou a noticiar a Lusa.
“Quase 50 bancos, entre os 100 analisados neste cenário, não teriam almofadas de capital suficiente para lidar com um ‘default’ da Costa do Marfim sobre os empréstimos de curto prazo no mercado financeiro da UEMOA”, lê-se no relatório assinado pelo economista Knarik Ayvazyan.
Sendo que no caso da Guiné-Bissau a coisa acaba tendo outros contornos já que, “é aquele com a dívida mais arriscada”, apontou o FMI.
Importa referir que a dívida da Guiné-Bissau está nos 80,2% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da média da África subsaariana, de cerca de 60%.