O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BM) voltou a reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa “MIMO” de 12,75% para 12,25%, anunciou esta Segunda-feira o banco central, num comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
O Banco de Moçambique justifica que esta decisão decorre da manutenção das perspectivas da inflação num dígito, no médio prazo, não obstante o aumento dos riscos e incertezas associados às projecções, com destaque para os decorrentes da tensão pós-eleitoral, o risco fiscal e os choques climáticos.
Adicionalmente, o Comité de Política Monetária decidiu ainda reduzir os coeficientes de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional, de 39,0% para 29,0%, e em moeda estrangeira, de 39,50% para 29,50%, visando disponibilizar mais liquidez para apoiar a economia na reposição da capacidade produtiva e da oferta de bens e serviços.
O CPMO diz no documento assinado pelo governador do Banco Central que a pressão sobre o endividamento interno agravou-se.
“A dívida pública interna excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 435,6 mil milhões de meticais, o que representa um aumento 20,1 mil milhões em relação a Dezembro de 2024”, informou o banco central.
No entanto, as perspetivas da inflação “mantêm-se em um dígito no médio prazo, recordando-se que em Dezembro de 2024 a “inflação anual aumentou para 4,15%, depois de 2,84% em Novembro”, refletindo “a redução da oferta de bens e serviços decorrente da tensão pós-eleitoral”.