O Banco de Moçambique decidiu, na semana passada, apertar na política monetária da banca local, com a fixação nos 19,1% da taxa de juro de referência para as operações de crédito no país, uma subida de 50 pontos base face à taxa anterior, isto após sete meses sem alterações.
A nova taxa básica foi anunciada pela Associação Moçambicana de Bancos (AMB). Aliás, é este organismo que, em conjunto com o banco central, definem a mesma, além do indexante único (calculado pelo banco central), que passa de 13,3% para 13,8%, e um prémio de custo de 5,3% (definido pela AMB), que se mantém inalterado.
A subida acontece depois do Banco de Moçambique ter decidido aumentar a taxa de juro de política monetária no final de Março, o que influencia a fórmula de cálculo.
A criação de uma única taxa de juro de referência para as operações de crédito, conhecida por prime rate, foi acordada entre o banco central e a AMB em Junho de 2017, para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.
Na altura, foi lançada com um valor de 27,75%, que desceu 865 pontos base desde então. O objectivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, “acrescida de uma margem (spread), que será adicionada ou subtraída à prime rate mediante a análise de risco” de cada contrato, explicam os promotores.