A economia cabo-verdiana registou uma evolução menos favorável no segundo trimestre deste ano, com uma “moderação” da procura interna, relacionada com a contínua desaceleração do consumo privado.
De acordo com o boletim de indicadores económicos e financeiros divulgado pelo Banco de Cabo Verde (BVC), no segundo trimestre de 2023 registou-se ainda uma queda das importações de bens de consumo não duradouros, bem como redução do investimento.
“O impacto adverso da alta inflação sobre os rendimentos reais dos agentes privados e, consequentemente, sobre as suas decisões de consumo e investimento continuam a condicionar a evolução da procura interna”, refere o regulador cabo-verdiano.
A procura interna cresceu 2,6%, em termos homólogos, devido essencialmente ao aumento do consumo privado em 12,9% (não obstante uma moderação face a 16,5% no trimestre anterior).
Por outro lado, os indicadores apontam para um desempenho positivo da procura externa líquida, associado ao aumento da procura turística, ainda que mais moderado, prosseguiu o BCV, recordando que a economia cresceu 6,7% no primeiro trimestre, o que já tinha sido um abrandamento face aos 9,5% registados no último trimestre de 2022.
Quanto à oferta, segundo a Lusa, registou-se um abrandamento da actividade económica, justificado com a redução no valor acrescentado bruto na construção e desacelerações no valor acrescentado bruto no comércio e reparação, transportes e armazenagem, alojamento e restauração, bem como nos impostos líquidos de subsídios.