O governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP), Américo Barros, revelou, há dias, que a instituição prevê um abrandamento da economia do país e inflação de dois dígitos até ao final do ano em curso.
Durante a comemoração dos 30 anos do Banco Central daquele país lusófono, assinalados no passado dia 26 deste mês, o governador explicou que, desde a institucionalização do BCSTP até à presente data, a conjuntura internacional nunca esteve tão desfavorável e tão adversa aos propósitos da economia são-tomense como se tem mostrado nos últimos três anos.
“Estima-se que a taxa do crescimento económico volte a abrandar e situar-se em 1,4 % em 2022 e que o risco de uma inflação alta a dois dígitos seja uma realidade inevitável até ao final do ano”, sublinhou, citado pela Lusa.
De acordo ainda com o responsável, nos últimos três anos, o banco central actuou “de forma serena e segura, com foco e objectividade”, para mitigar as vulnerabilidades e assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro nacional, apesar de todos os constrangimentos registados. “Estamos a trabalhar para termos um sistema financeiro mais sólido possível”, assegurou Américo Barros.
No evento que marcou as comemorações de mais uma aniversário do BCSTP esteve o presidente da República, Carlos Vila Nova, que, na sua mensagem, considerou o banco central como um dos pilares mais importantes na construção do processo de desenvolvimento do país, afirmando ter a convicção que, com maior ou menor dificuldade, a instituição tem ao longo de 30 anos, desempenhado o seu papel no processo de desenvolvimento da Nação são-tomense.
Carlos Vila Nova sublinhou também a importância e o impacto que têm o sector privado no desenvolvimento da economia do país, enfatizando que é preciso não perder de vista que o principal motor de desenvolvimento deve vir do esforço do sector privado.