A falta de literacia financeira, digital e escolar foram apontadas pela directora de Negócios Financeiros Móveis da Unitel Money, Antonieta Gomes, como um impedimento para a inclusão financeira em Angola.
Segundo a responsável, que falava durante o Angola Fintech Summit, que decorreu recentemente no formato híbrido, o principal pilar para a inclusão financeira começa, antes de tudo, pela literacia escolar, tendo sublinhado que “o acesso a um smartphone não é sinónimo de inclusão financeira”.
Antonieta Gomes referiu que Angola tem uma população maioritariamente Jovem e segmentada no mercado, sem conta bancaria. De acordo com a especialista, 70% da população não tem uma conta bancaria.
A responsável pelo core bussiness financeiros móveis da Unitel defendeu ainda que a carteira digital surge como uma alternativa importante para a inclusão financeira.
No evento foram igualmente abordados temas como “a contribuição das fintech para o desenvolvimento das economias emergentes na era digital” e “a transformação digital dos pagamentos em Angola”.
O evento conectou mais de 100 participantes de 11 países, com destaque para Angola, Moçambique, Portugal, África do Sul e Brasil, entre os quais representantes de entidades reguladoras, instituições financeiras, empresas de telecomunicações, tecnologia de informação, start–ups fintech e especialistas nacionais e internacionais.
*Adnardo Barros