O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Governo de Cabo Verde assinaram, recentemente, um acordo de empréstimo de 14 milhões de euros para melhorar o Parque Tecnológico do país e torná-lo mais resistente às alterações climáticas para apoiar o desenvolvimento empresarial.
O parque, que funciona como uma zona económica especial com incentivos fiscais e direitos de importação, tem dois campus, um na capital, Praia, e o segundo na ilha de São Vicente e prevê atrair profissionais das TIC de toda a África.
O vice-primeiro-ministro e ministro das finanças de Cabo Verde, Olavo Avelino Garcia Correia, assinou o contrato de empréstimo, tendo manifestado o seu entusiasmo pelo potencial transformador do projecto.
“A nossa ambição é transformar Cabo Verde numa nação digital, com uma economia circular, e os parques tecnológicos da Praia fazem parte desta importante estratégia governamental”, afirmou.
Já o director do BAD para o Desenvolvimento Industrial e Comercial, Abdu Mukhtar, referiu que “a próxima geração de talentos africanos não precisa de procurar oportunidades no estrangeiro, sendo que Cabo Verde possui as infra-estruturas necessárias e um sistema político de apoio para cultivar os seus sonhos e ambições na sua terra natal”.
“O Banco Africano de Desenvolvimento tinha concedido um empréstimo de 31,59 milhões de euros para financiar a primeira fase do parque tecnológico de ponta, que já está a transformar o país num centro regional inovador de informação e comunicação”, recorda a instituição, num comunicado a que à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
No âmbito da segunda fase, prossegue a nota, o polo será equipado para funcionar com energias renováveis e, no âmbito de uma parceria público-privada, equipado com dois centros de dados.
A plataforma de TIC de Cabo Verde lançará um fundo de capital de 1 milhão de euros para start-ups, para investir em cerca de 20 empresas inovadoras de Cabo Verde. Oferecerá a mais de 50 start-ups tecnológicas de toda a África subvenções de integração de, pelo menos, 5 mil euros cada.
Há também planos para colaborar com universidades e empresas internacionais para alargar a formação em competências transversais a 300 jovens africanos, nos próximos três anos, bem como para os ajudar a preparar-se para garantir empregos que serão criados no âmbito da 4ª revolução industrial.