O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai aumentar a capacidade de financiamento em 70 mil milhões de dólares, no âmbito da nova estratégia a dez anos, lançada nos encontros anuais da instituição, em Nairobi.
“Enquanto principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e banco de soluções de África, estamos perfeitamente conscientes de que a próxima década será decisiva para a transformação do continente. Por isso, ao celebrarmos 60 anos a fazer a diferença nos países e nas vidas dos povos de África, continuamos firmes na nossa determinação de acelerar o apoio que prestamos aos países africanos”, disse Akinwumi Adesina, presidente do BAD.
Investir nas mulheres e nos jovens, na adaptação às alterações climáticas, no apoio aos Estados frágeis e reforço da resiliência, bem como na promoção da boa governação no continente são prioridades da nova estratégia, tal como dar “práticas sustentáveis de gestão da dívida para garantir a estabilidade económica a longo prazo”.
A nova estratégia 2024-2033, apresentada nos encontros anuais que decorrem na capital do Quénia, representa, segundo a instituição, um “plano para enfrentar os desafios prementes de África e ajudar a colocar o continente firmemente de volta no caminho do crescimento económico sustentado e da prosperidade”.
Acrescenta que as consequências da pandemia de covid-19 resultaram num “aumento da insegurança alimentar e numa crise da dívida crescente em toda a África”.
“Ao mesmo tempo, os impactos das alterações climáticas estão a intensificar-se e a acelerar, a par de um aumento dos conflitos e da instabilidade política. Para além de uma demografia jovem que ultrapassa a criação de emprego, África está a assistir a um êxodo significativo da sua futura força de trabalho que procura oportunidades no estrangeiro”, descreve o BAD, citado pela Lusa.
Segundo o BAD, a nova estratégia incorpora “uma visão de uma África próspera, inclusiva, resiliente e integrada”, sustentada por “dois objetivos fundamentais” para a próxima década: “Acelerar o crescimento verde inclusivo e promover economias prósperas e resilientes. Com ênfase na sustentabilidade, o banco esforçar-se-á por equilibrar as preocupações ambientais, a equidade e o progresso económico”.