O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) apresentou nesta Sexta-feira, 02, a Estratégia de Governança Económica de África para o período 2021 – 2025, numa reunião online que contou com a presença de altos funcionários da instituição e vários especialistas do continente.
O novo plano do BAD surge em substituição da chamada Estrutura Estratégica de Governança e Plano de Ação do Banco (GAP-II) que vigorou entre 2014 a 2020, e destina-se a promover governos e instituições transparentes e responsáveis, com o objectivo de garantir um desenvolvimento inclusivo do continente berço.
Pretende-se ainda com a Estratégia de Governança Económica apoiar os objectivos de desenvolvimento de África, em linha com as cinco prioridades de desenvolvimento do BAD, que dizem respeito à electrificação, alimentação, integração, industrialização e melhoria da qualidade de vida dos africanos.
Em comunicado, o BAD dá conta que o plano propõe reformas ousadas na gestão das finanças públicas para eliminar “vazamentos” de receita, bem como garantir o uso eficiente e transparente de recursos escassos. O documento surge em meio à pandemia de Covid-19, que expôs a fraca gestão das finanças públicas e prestação de serviços dos países africanos, assim como a vulnerabilidade a choques exógenos.
A Ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, acompanhada de representantes do sector privado, participou do lançamento virtual da estratégia, tendo referido na ocasião “ser difícil para África descolar sem governos transparentes e responsáveis e instituições fortes capazes de conduzir uma recuperação rápida, sustentável e inclusiva, assim como garantir resiliência econômica”.
O que o BAD espera, lê-se no comunicado, é que uma melhor governança permita aos países fortalecer a estabilidade macroeconómica, promover um ambiente favorável aos negócios e melhorar a eficiência dos gastos e investimentos públicos.
De lembrar que aproximadamente um quinto da carteira de empréstimos do Banco Mundial cobre projectos de governança, incluindo gestão macroeconómica e financeira pública, governança do sector e melhoria do clima de negócios. Nos últimos três anos, a instituição aprovou 80 projectos de governança, num valor global de 7,85 mil milhões de dólares.