A ÁUREA – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, com 729 subscritores (49%) registou a maior procura durante o período de de subscrição de oferta para as “Obrigações Sonangol 2023-2028”, que decorreu de 28 de Agosto a 12 de Setembro, tendo atingido o montante de 47.42 mil milhões de kwanzas.
O relatório sobre o resultado da Oferta Pública de Subscrição, apresentado nesta Sexta-feira, 15, em Luanda, pela Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), detalha que o BFA Capital Markets, outro dos agentes intermediários do processo, obteve uma procura de 25.94 mil milhões de kwanzas, enquanto o Standard Bank Angola (SBA) conseguiu registar 10.58 mil milhões de kwanzas.
Durante a apresentação dos resultados da emissão, o administrador da Bodiva, Aldair Costa, explicou que quanto à evolução da procura, a partir do dia 08 de Setembro do ano em curso, houve um aumento de velocidade, tendo nesta altura a procura atingido os 17,5 mil milhões de kwanzas, o que, como disse, tornou o sucesso da operação irrevogável.
“A procura foi bastante superior, o grau de cobertura foi de 111,94%, o coeficiente 89.31 mil milhões de kwanzas e o número de ordens 1.486 mil milhões de kwanzas”, referiu. Em termos de participação de género, conforme o relatório, os homens dominam a estatística com 60,43% e as mulheres com 39,57%.
Os resultados da oferta mostram ainda que no que tem que ver com a quantidade alocada para os investidores catalogados como sociedade ou empresa, “verificou-se uma alocação de 49.85 mil milhões de kwanzas (76%) e para investidores de retalho ou pessoas físicas um valor de 25.14 mil milhões de kwanzas (94.89%)”.
Olhando para estes resultados, Aldair Costa admite que há um trabalho de literacia financeira que deve ser aprofundado para que cada vez mais “os investidores individuais tenham acesso ao mercado e possam rentabilizar da melhor forma as suas poupanças, com um rendimento real, já que a taxa de juro dessas obrigações está bastante acima da inflação”.
A Sonangol anunciou nesta Quinta-feira que arrecadou 75 mil milhões de Kwanzas, resultantes da oferta pública de subscrição das suas obrigações à bolsa, que foram admitidas à negociação no Mercado de Bolsa de Obrigações Privadas nesta Sexta-feira.
Para o administrador da Sonangol, Joaquim Fernandes, este processo revelou-se desafiante, na medida em que foi necessário adoptar estratégias para responder as exigências do regulador e representa um marco importante para a Sonangol e o mercado de capital nacional.
“Os resultados acima do esperado são um claro indicador da confiança do mercado na Sonangol pela sua capacidade de honrar os seus compromissos financeiros. Estamos comprometidos em manter altos padrões de governança corporativa e transparência para garantir que os investidos continuem a confiar em nós”, ressaltou.
A Sonangol tornou-se assim na primeira instituição não financeira de direito angolano a realizar uma emissão de obrigações ordinárias representativas do empréstimo obrigacionista que foram na totalidade admitidas nesta Sexta-feira, 15 de Setembro, à negociação no Mercado de Bolsa de Obrigações Privadas (MBOP) gerido pela Bodiva, podendo agora todo o investidor vender ou comprar as mesmas, por via de qualquer um dos intermediários financeiros que seja membro Bolsa de Dívida e Valores de Angola.