Embora distante dos tempos áureos, no ano passado, o grupo Trirumo encaixou cerca de 8,5 milhões de dólares. O futuro continua a ser de esperança.
Lançou-se no mercado nacional com uma empresa cuja actividade era exclusivamente comercial, focada na área dos alumínios para caixilharia. Hoje, passados cerca de 27 anos, o Grupo Trirumo congrega três empresas que, em conjunto, facturaram, em 2019, cerca de 8,5 milhões de dólares. Embora possa ser considerada uma boa safra, face ao actual cenário económico, o valor encaixado no ano passado está longe de fazer esquecer os 17 milhões de dólares facturados em 2014, considerado, até aqui, o melhor momento da história do grupo.
Com o propósito de contribuir para a dinamização da actividade industrial no país, os sócios, Guilherme Mogas e Rui Amaro (já falecido), decidiram instalar em Viana, em 2002, a Tri-Alumínos, fábrica de lacagem e anodização de perfis e chapas de alumínio. Em 2014, no âmbito do programa de expansão da actividade do grupo, foi lançada no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela (Benguela) a Extrial, que se dedica apenas a lacagem de perfis de alumínio, com equipamento muito mais sofisticado do que o da unidade de Luanda. De resto, o caminho para a industrialização é considerado pela administração como o grande marco dos 27 anos de actividade.
À FORBES, Mário Rui de Lima Amaro, um dos sócios-gerentes do grupo, assumiu que, face à actual situação económica do país, as unidades fabris do grupo estão a trabalhar apenas a 40% das suas reais capacidades instaladas. No ano passado, refere, as duas fábricas produziram aproximadamente 700 toneladas de alumínio lacado e anodizado para caixilharia (perfis e chapas). “Só para se ter uma noção de como a crise económica impactou no nosso sector, em 2014 produzimos cerca de 1.200 toneladas”, indica. Por conta do actual contexto, as unidades fabris trabalham 8 horas por dia e com apenas um turno. Porém, Mário Amaro garante que, caso a procura justifique, estão em condições de voltarem a trabalhar com três turnos, aumentando, desta forma, as horas de labuta.
Dos vários produtos da empresa, os sistemas convencionais de correr e de batente, essencialmente para o fabrico de janelas e portas, têm sido os mais procurados. Seguem-se as fachadas para determinados edifícios, lâminas de sombreamentos, guarda-corpos corrimões e as divisórias para projectos muito específicos.
Sem adiantar o valor já investido no negócio pelo Grupo Trirumo ao longo dos cerca de 27 anos de actividade, o gestor, que representa agora o pai na sociedade, limitou-se a dizer que sente-se orgulhoso por terem feito todos os investimentos, quer em infra-estruturas, quer em equipamentos e em recursos humanos, com capital próprio, sem recurso à banca.
“Isso deu-nos uma independência muito grande e ajudou-nos a gerir melhor o negócio”, sublinha o jovem gestor nascido em Luanda há 39 anos. Além das duas unidades fabris, o Trirumo possui quatro armazéns de vendas, sendo que dois estão localizados em Luanda, um na Catumbela e outro no Lubango.
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