Hélio Pereira, CEO da Cybersecur, empresa de defesa cibernética, mitigação de riscos cibernéticos, inteligência cibernética e combate aos crimes informáticos, aconselha os empresários a adoptarem métodos de segurança eficazes para a protecção dos dados das suas empresas contra os ataques cibernéticos.
A prevenção passa pela detecção de comportamentos maliciosos, criação de políticas de segurança, formação e orientação de colaboradores e criação de campanhas de consciencialização de segurança da informação.
“Esses métodos são muito importantes na medida em que ajudam a melhorar a segurança das pessoas e empresas”, assegura Hélio Pereira.
O também perito em crimes informáticos, esclarece que, com a utilização desses métodos, o nível de penetração de ataques cibernéticos torna-se reduzido.
A procura pelos serviços da Cybersecur tem sido recorrente, quer por instituições públicas e privadas, quer por pessoas singulares, mas, ainda assim, Hélio Pereira lamenta o facto de muitas empresas procurarem apenas pelos serviços de segurança cibernética depois de sofrerem ataques.
“A Cybersecur tem trabalhado arduamente na mitigação de crimes no âmbito laboral, com a utilização de metodologias científicas, como investigação e perícia forense, inteligência investigativa, contra-inteligência, Inteligência de ameaças evidenciais, busca e apreensão de evidências, e, para além disso, auxilia as empresas através de formações e palestras relacionadas a incidentes digitais”, explica.
O director nacional de cybersegurança do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Hediandro Wilson Mena, avançou no mês passado que no primeiro trimestre deste ano foram registados 1117 ataques cibernéticos contra as empresas públicas e privadas.
Hélio Pereira diz que, olhando para os factores de risco, este número deverá triplicar até o final do ano.
“Os ataques tendem a crescer. Infelizmente, algumas empresas ainda olham o cibercrime como ficção e consideram a segurança da informação como custo. A segurança da informação precisa acompanhar todos os processos da empresa”
Actualmente, um dos sectores mais afectados pelos ataques cibernéticos é a banca, que totaliza 6,9%, enquanto os telemóveis suportaram 34,9 %. As técnicas de ataque mais utilizadas pelos cibercrminosos é phishing, técnica de crime cibernético que usa fraude, truque ou engano para manipular as pessoas e obter informações confidenciais.
Outra técnica está ligada a ransomware, um tipo de software malicioso (malware) criado com o intuito de bloquear o acesso a arquivos ou sistemas para liberá-los após o pagamento de um valor especificado e também a fuga de informações que passam pela movimentação de documentos, e-mails, informações e arquivos.
Hélio Pereira, que conta com uma vasta experiência na área de crimes informáticos, aplaude a intenção do Governo da criação de um Centro de Estudos e Respostas e Tratamento de Incidentes Informático.
“O centro também actuará através do trabalho de consciencialização sobre os perigos e problemas de segurança, da análise de tendências e correlação de eventos na Internet no país”, refere o CEO.
Riscos cibernéticos rondam os 6 triliões de dólares em 2021
Hélio Pereira revela que os ataques cibernéticos causam diversos riscos às economias e criam impactos negativos aos países. Porém, segundo o relatório anual do Fórum Económico Mundial, estima que os ataques cibernéticos poderão custar ao mundo 6 triliões de dólares até 2021.
Por isso, recomenda ao Governo a criação de leis para desencorajar os crimes cibernéticos no país.
“Criação de leis que tipifiquem os crimes, implementação de um plano director de segurança da informação, educar pessoas sobre os perigos na internet, criar uma cultura de local de trabalho com foco na segurança, ajudam a desencorajar crimes do género”, recomenda Hélio Pereira.