A astronauta egípcio-libanesa, CEO e fundadora da Deep Space – organização sem fins lucrativos -, Sara Sabry, apela aos esforços regionais e globais para permitir que mais africanos participem na exploração espacial como parte dos avanços da transformação socioeconómica do continente.
As informações foram prestadas, há dias, durante um painel do fórum Infra e na Assembleia Geral de Acionistas do Africa 50, eventos realizados em Lomé, capital do Togo, onde os participantes discutiram em torno do tema “Uma visão diferente: O futuro de África Reimaginado”.
“Não acho que o espaço deva ser um clube assim tão exclusivo. Ser o primeiro em alguma coisa é deitar abaixo a porta para que outros o sigam”, disse Sabry, primeira mulher astronauta africana, acrescentando ser importante que África tenha um lugar à mesa e esteja envolvida na exploração espacial. “A demografia no espaço deve refletir a das pessoas na Terra”, defendeu a também engenheira.
Sabry chamou a atenção também a uma revisão das leis que impedem as pessoas de participar na exploração espacial.
Falando durante o evento ao estilo TED, o Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, citado numa nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, disse que a cientista africana dá esperança de que os jovens podem estar no espaço apesar das probabilidades.
“Diz-se frequentemente que as mulheres podem fazer o que os homens podem fazer, mas eu posso dizer que as mulheres podem fazer melhor do que os homens”, afirmou Adesina.
O líder do BAD advogou ser importante que África desenvolva as suas capacidades em matéria de tecnologia espacial, ganhe o seu próprio controlo e acredite que a tecnologia dos satélites pode ter um impacto significativo nos países africanos em rápido desenvolvimento, fazer avançar a agricultura, a navegação e até a banca e a educação online.
A Iniciativa Deep Space, uma organização sem fins lucrativos de Sabry, trabalha para tornar a exploração espacial mais acessível a mais pessoas em todo o mundo.