Apesar de não estar encerrado, o ano agrícola 2021/2022 em Cabo Verde não tem sido o desejado, pelo que, até hoje, a campanha tem sido caracterizada por uma “estação de chuvas deficitária e de distribuição bastante irregular” em todo o arquipélago.
Por conta deste cenário, o Governo cabo-verdiano aprovou 1,5 milhões de euros para atenuar os resultados de um ano agrícola que considera “mau” em alguns pontos do país, segundo anunciou, em conferência de imprensa, o ministro da Cultura, Abraão Vicente, que foi o porta-voz do Conselho de Ministros, que nesta Quinta-feira, 07, aprovou a resolução sobre as medidas de atenuação dos resultados do ano agrícola 2021/2022 e respectivo orçamento.
Apesar de existirem vários programas que também pretendem atenuar os resultados do ano agrícola, o Executivo de Cabo Verde entendeu por bem aprovar medidas para manter a capacidade produtiva na pecuária e criação de empregos públicos nos municípios e para as famílias afectadas.
“Estas intervenções serão realizadas de forma diferenciada nos concelhos, em função da situação resultante da avaliação final da campanha agrícola de 2021/2022”, salientou o porta-voz do Conselho de Ministros.
O governante referiu que o Orçamento em 170 milhões de escudos cabo-verdianos (1,5 milhões de euros), o plano emergencial está sujeito a alteração, após a avaliação final dos resultados da campanha agrícola 2021/2022.
Abraão Vicente ressaltou que este orçamento é “muito inferior” a alguns de anos anteriores, em que o país sofreu seca extrema, chegando mesmo a 600 milhões de escudos (5,4 milhões de euros).
Para que o ano agrícola seja melhor, o governante ainda tem esperança de chuvas em Outubro, depois das que caíram em Agosto e Setembro.
“Temos muita esperança que chova, sente-se a necessidade de mais uma chuva para que a produção seja garantida nos concelhos que estão mais avançados”, afirmou o titular da pasta da Agricultura e Ambiente, que está a realizar viagens aos municípios cabo-verdianos para se inteirar da campanha agrícola.
Lusa