A Comissão de Avaliação do Concurso Público de Concessão do Corredor do Lobito aprovou nesta Terça-feira, 25 de Janeiro, na estação central do Lobito, província de Benguela, propostas para a Concessão de Serviços Ferroviários e da Logística de Suporte do Corredor do Lobito, apresentadas pelo consórcio Trafigura, Mota Engil e Vecturis e o consórcio CSC – CITIC, Sinotrans e CR20.
A concessão aguardada visa garantir a maximização e potenciação económica da infra-estrutura ferroviária do Corredor do Lobito, sendo que, pelas suas valências, a iniciativa apresenta-se como uma plataforma de dinamização das economias provinciais e nacional, permitindo a criação de postos de trabalho, incremento das exportações de Angola, investimentos indirectos em plataformas multimodais, que poderão promover o desenvolvimento económico, social e cultural das comunidades locais ao incentivar toda a produção económica ao longo de todo o perímetro da Concessão.
Em nota enviada à comunicação social, a comissão de avaliação do concurso refere que os concorrentes apresentaram algumas reclamações sobre admissão de concorrentes e de propostas, açcões que foram alvo de análise da comissão de avaliação do concurso, tendo esta, em deliberação, reiterado que não eram inconformidades suficientes para a não admissão de concorrentes e das propostas apresentadas.
Recorde-se que o concurso público para a Concessão de Serviços Ferroviários e da Logística de Suporte do Corredor do Lobito foi lançado em Setembro de 2021, com o objectivo de garantir a viabilidade económica da infra-estrutura ferroviária do Lobito ao Luau, em cumprimento da Lei dos Contratos Públicos, das peças do concurso e das melhores práticas internacionais.
A concessão terá um prazo de 30 anos, podendo ir até ao prazo máximo de 50 anos, nas condições definidas nas peças do concurso, período durante o qual o concessionário vai assumir o transporte de grandes cargas com maior predominância para minérios e combustíveis, enquanto o serviço público de transporte de passageiros e de pequena carga permanecerá sob gestão do Caminho-de-Ferro de Benguela.
A reactivação do Corredor do Lobito insere-se no reforço a integração regional e materialização dos compromissos da sub-região, apontando para a possibilidade futura da interligação Atlântico-Índico, com a conexão da via-férrea ao porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.
O Corredor do Lobito foi recentemente alvo de significativos investimentos por parte do Estado, totalizando cerca de 1,9 mil milhões de dólatres na reconstrução do caminho-de-ferro e na ligação com a República Democrática do Congo.