A plataforma ONDE, desenvolvida para resolver o problema da localização geográfica em Angola, vai lançar no mercado um novo serviço que fornecerá informações sobre o estado das caixas de pagamento electrónico (ATMs).
O CEO da ONDE, Domingos Fernando, disse à FORBES que o serviço vai permitir ao usuário saber em tempo real, por exemplo, qual o ATM mais próximo de si que tem dinheiro ou recibos (papel). “Várias são as vezes em que precisamos andar de ATMs em ATMs à procura de dinheiro ou papel. Com o nosso aplicativo, isso já não será necessário”, garante.
Segundo o empresário, estão em curso negociações com alguns bancos comerciais, no sentido de se disponibilizar o novo serviço a partir do primeiro trimestre de 2021.
A plataforma ONDE surgiu em 2017 com o serviço de endereçamentos e geo-referenciação, desenvolvido para resolver o problema da localização ou endereçamento geográfico no país, o que lhe valeu a distinção de start-up vencedora da terceira edição do concurso Start-ups Turismo em Angola, realizado recentemente pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente. “Foi uma grande conquista”, considerou o CEO.
O empreendedor conta que a ideia de criar uma plataforma do género surgiu da necessidade de se disponibilizar informação sobre serviços e lugares. Explica que para aceder a plataforma, basta que o usuário entre na app, pesquise pelo lugar que procura ou pela categoria de lugares que precisa, e receberá informações sobre o que procura, disponível nas redondezas.
Neste momento, clarificou Domingos, a aplicação fornece apenas informações sobre os lugares de Luanda, mas o objectivo é aumentar o endereçamento a nível de todo o país.
“Nossa frase de eleição é bem simples: não existe turismo sem endereços. Sendo assim, torna-se primordial antes de qualquer coisa, que os endereços ou a forma de comunicar endereços funcione primeiro e depois o resto”
O ONDE, garantiu o gestor, vai também poder ser utilizado pelo governo, pelas instituições públicas e privadas para o planeamento urbano, recenseamento e recolha de dados, logística e navegação, projectos de construção e melhoramento na comunidade, gestão de bens e serviços, entre outras actividades.
“Os endereços são essenciais para as infra-estrutura de todos os países. Sem eles, não é possível entregar produtos e serviços e, no nosso país, as pessoas infelizmente ainda têm dificuldades para dar indicações sobre o local em que vivem”, justificou.