A aplicação angolana ‘Sócia’, criada em 2019, inspirada na alta dos preços dos produtos, que obriga uma ou mais pessoas – ainda que desconhecidas, a repartirem os custos de determinado bem que necessitam, para posterior divisão entre ambas, começou a operar de forma experimental no mercado moçambicano, há duas semanas.
Em entrevista à FORBES, Augusto Firmino, CEO da Inokri, empresa angolana que desenvolveu a app, diz que a experiência de actuar no mercado moçambicano e entender as necessidades locais tem sido um processo “interessante”, uma vez que, diferente de Angola, naquele país não existe o “conceito de sócia”, mais praticam o ‘rancho’, uma espécie de lista de compras que as pessoas fazem todo o mês.
“A experiência de actuar em Moçambique tem sido muito boa. Interagir com o pessoal em Moçambique tem sido muito gratificante”, ressalta acrescentado, “estamos a adaptar a solução ao mercado moçambicano”.
A ‘Sócia’, garante Augusto Firmino, tem crescido muito, estando a registar, em média, mais de 50 solicitações por dia em Luanda. O aplicativo vem facilitar as compras compartilhadas nos grossistas, mas em quantidades de retalho, o que permite maior diversidade nos produtos a adquirir, bem como economizar tempo e dinheiro.
Para este serviço a Sócia conta com um leque de parceiros e com os maiores distribuidores de alimentos do país, bem como pequenos produtores no interior das outras províncias.
Através da Sócia o cliente pode partilhar a compra de produtos que variam desde a mercearia, frutas e hortícolas, ultracongelados, bebidas e artigos para higiene e limpeza, entre outros. Para utilizar a Sócia, basta aceder à aplicação e a partir de um smartphone escolher o produto, indicar com quantas pessoas quer dividir a compra e recebe a parcela que lhe corresponde.
A plataforma que facilita a partilha de produtos nos armazéns, foi a grande vencedora do concurso Unitel Go Challenge 2020.