A população africana é a menos coberta por prestações sociais, com apenas 19,1% das pessoas do continente a beneficiarem destas ajudas, o que compara com 52% a nível mundial e 85% na Europa.
Os dados são do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ‘Relatório Mundial de Protecção Social 2024-26: A Protecção Social Universal para a Acção Climática e uma Transição Justa’.
O relatório indica que a população africana coberta por, pelo menos, uma prestação de protecção social, melhorou de 15,2% para 19,1% entre 2015 e 2023, mas fica ainda assim muito abaixo da média mundial, que no ano passado estava nos 52,4%, e longe dos 85,2% registados na Europa e Ásia Central.
“A nível mundial, a despesa pública com pensões e outras prestações para as pessoas idosas não relacionadas com a saúde é, em média, de 7,6% do PIB”, lê-se no relatório, que aponta, contudo, “variações regionais substanciais, com níveis de despesa que vão de 10,5% do PIB na Europa e Ásia Central a 1,7% em África”.
A cobertura efectiva da proteção social por grupo populacional, segundo a Lusa, torna-se ainda mais discrepante olhando para os desempregados – em África, apenas 3,8% das pessoas sem emprego beneficiam de uma protecção social, contra a média mundial de 16,7% e de 49,1% na Europa.