Apenas 1% dos estudantes do ensino secundário nas escolas públicas de Angola têm acesso a internet e a computadores, segundo informação avançada, recentemente, em Luanda, pela PCA da Academia BAI, Noelma Viegas D’Abreu.
A gestora, que participou do painel com o tema “O Papel da Formação e os seus Desafios para a Promoção da Indústria na Era Digital”, na “Mesa Redonda com CEOs”, citou, segundo ela, dados do Ministério da Educação do país.
Noelma D’Abreu considera que esse aspecto acaba por ser um impasse e condiciona naturalmente a evolução que se quer no país. “As vezes precisamos de caminhar mais, dar saltos altos em relação a três áreas fundamentais que são as infra-estruturas, capacitação e formação”, apontou, acrescentando, “nós precisamos de fazer esforço de subsidiar, de colocar nas escolas a possibilidade de acesso a internet e computadores”.
Em reacção a preocupação levantada pela PCA da Academia BAI, a secretária de Estado para o Ensino Secundário de Angola, Soraya Kalongela, também presente no evento, avançou que para solucionar este défice, o Ministério da Educação está a implementar, em conjunto com o Ministério das Tecnologias de Informação e Comunicação Social e outros parceiros, o projecto de “Escolas Conectadas”.
O programa que consta no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) e faz parte do OGE 2025, indicou, tem a proposta de expansão e modernização do ensino incluindo, equipamentos tecnológicos, a interligação da conectividade de internet, formação e literacia digital.
“Estamos a trabalhar na expansão e modernização do ensino com a construção de mais escolas, equipamentos do ponto de vista tecnológico, mas também estamos a apostar agora na transformação curricular”, garantiu, na ocasião, Soraya Kalongela.
*Napiri Lufánia