A Digital Move é uma empresa com operações em Angola e em Portugal. Começou a sua actividade em 2017 e é uma iniciativa do jovem Tárcio Costa que começou no YouTube e hoje diz facturar 4 milhões de kwanzas com a sua empresa constituída em Portugal.
Tárcio Costa revela à FORBES que o serviço de maior sucesso da empresa é a emissão de cartões virtuais, pré-pagos, que possibilitam fazer compras online em lojas que aceitam esse meio de pagamento, podendo usufruir de descontos, tudo isto sem sair de casa.
A empresa recebe até 120 solicitações ao mês só para os cartões virtuais, mas tem outras áreas de negócio como o envio de divisas para qualquer país da Europa em 24 horas com pagamentos em kwanzas, meticais ou rands, distribuição de músicas em lojas virtuais, agenciamento de carreia e imagem de artistas, design, publicidade em formato MP4 e produção musical.
Sobre o actual contexto mundial, Tárcio Costa diz que inicialmente teve a impressão que obteria prejuízos devido ao aumento da taxa de desemprego e da necessidade de poupança dadas as incertezas que a Covid-19 trouxe consigo.
“O que aconteceu foi surpreendente para nós. As pessoas por estarem confinadas aderiram mais do que esperávamos, uma vez que desviaram as suas formas de consumo para o digital. Resumido, só houve ganhos durante esta fase, foi o pico da Digital Move a nível da adesão dos cartões,” refere.
Tárcio Costa, que completou 18 anos este mês, ganhou paixão pelo ramo da informática muito cedo e pensou em criar uma empresa totalmente digital, onde as pessoas pudessem usar os serviços no conforto da sua casa.
O também estudante do 11º ano do curso de Ciências e Tecnologia em Lisboa, revela que tem apoio do seu pai na gestão da empresa. Assegura que não faz mais do que 5 horas a trabalhar, pois dedica-se a outras actividades como a leitura e as artes marciais.
Questionado sobre as maiores dificuldades que encontra, sobretudo no mercado angolano, diz que boas parcerias são difíceis, porque “muitos investidores que gostam do projecto e percebem que tem pernas para andar, querem tudo para si e acabam perdendo grandes ideias e oportunidades de negócios”, conclui.