Quase 2 milhões de pessoas rumaram em 2015 aos mais de 200 festivais que levaram música de Norte a Sul do país. Mais 1,6 vezes que dois anos antes. O que aparentam ser boas notícias, culminam, como a FORBES explica, num desconcerto nas contas das empresas organizadoras.
Roberta Medina, presidente da Better World, empresa que voltou a trazer o Rock in Rio a Lisboa – entre a apoteose com Bruce Springsteen e Charlie Puth em polos geracionais opostos, até ao flop dos Korn, que pouco se ouviram devido aos problemas de som –, salienta que nos festivais “não há guerra com ninguém. Está-se ali para nos divertirmos. Estamos ali desarmados”, refere Roberta à FORBES. Desarmados a ouvir música em comunhão com outros, “não só em Portugal, mas no mundo”. Uma “necessidade do ser humano” que se preenche.
Menos bem sucedido é o preenchimento dos cofres das empresas, apesar da experiência acumulada ao longo de décadas. À FORBES, Álvaro Covões, director-geral da Everything is New e responsável pela organização do festival NOS Alive, recorda a forma como, na década de 1990, percebeu que estava perante um filão a ser explorado. Duas décadas antes, ainda no tempo da ditadura, a democracia da música chegava via Vilar de Mouros, onde não havia tendas VIP, marcas associadas nem grandes estruturas. Apenas a zona da bilheteira e o palco principal. E a inspiração do mítico festival de Woodstock, de 1969, para aquela que foi a primeira experiência do género no Portugal “orgulhosamente só”.
Uma viagem de mais de quatro décadas que propomos que faça nas nossas páginas, onde poderá ler o quão importante é – até para o seu próprio bolso – ter no festival a profusão de marcas que por ali encontra, como aquela que lhe ofereceu o sofá insuflável que talvez até leve para a praia nestes meses do Verão.