Antigo ministro das finanças de Moçambique acusado de receber 7 milhões USD em subornos

Procuradores norte-americanos acusaram nesta Terça-feira o ex-ministro das finanças de Moçambique, Manuel Chang, de ter recebido sete milhões de dólares em subornos, num plano "corrupto" para enriquecer e enganar investidores. As declarações dos procuradores foram feitas em Nova Iorque, na abertura do julgamento de Manuel Chang sobre o seu papel no caso das dívidas ocultas de Moçambique. Durante as…
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As declarações dos procuradores foram feitas em Nova Iorque, na abertura do julgamento de Manuel Chang sobre o seu papel no caso das dívidas ocultas de Moçambique.
Economia

Procuradores norte-americanos acusaram nesta Terça-feira o ex-ministro das finanças de Moçambique, Manuel Chang, de ter recebido sete milhões de dólares em subornos, num plano “corrupto” para enriquecer e enganar investidores.

As declarações dos procuradores foram feitas em Nova Iorque, na abertura do julgamento de Manuel Chang sobre o seu papel no caso das dívidas ocultas de Moçambique.

Durante as declarações de abertura, um procurador disse ao júri que Chang era um “funcionário estrangeiro corrupto que abusou da sua autoridade para enriquecer através de subornos, fraude e branqueamento de capitais”, acusando-o de uma conspiração para desviar fundos dos esforços de Moçambique para proteger e expandir as suas indústrias de gás natural e pesca.

Três acordos custaram 622 milhões de dólares para financiar a vigilância costeira, 855 milhões de dólares para uma frota de barcos de pesca de atum e 535 milhões de dólares para projectos de estaleiros, segundo o procurador Peter Cooch, frisando que os investidores perderam milhões de dólares, pois “os projectos foram um fracasso” e Moçambique não cumpriu com os empréstimos.

 De acordo com portal Law360, citado pela Lusa, Cooch disse que os funcionários da empresa de construção naval Privinvest concordaram conscientemente com “um acordo corrupto”, no qual Chang os ajudaria a fechar os contratos massivos “por um preço”.

As evidências no julgamento incluirão documentação de subornos e transferências electrónicas para uma conta bancária suíça controlada por um amigo de Chang, explicou o procurador.

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