A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) de Angola, na qualidade de concessionária nacional, realizou há dias, em Luanda, a cerimónia de abertura das propostas relativas ao processo de Licitação 2023, na sequência da promoção de 12 blocos onshore, localizados nas bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza.
“No âmbito dos termos do Decreto Presidencial nº 86/18, de 02 de Abril, procedeu-se à abertura das propostas submetidas pelos vários concorrentes, as quais vão agora ser submetidas a um processo de due diligence, para se apurarem as empresas vencedoras”, lê-se numa nota en viada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
O Secretário de Estado do Petróleo e Gás, José Barroso, citado no documento, afirmou na sua intervenção, que com a licitação marca-se mais um passo seguro no processo de exploração e produção de hidrocarbonetos nas zonas terrestres das bacias do Baixo Congo e do Kwanza, “atraindo empresas com experiência comprovada e conhecimento acumulado na exploração de hidrocarbonetos em bacias com reconhecida complexidade geológica”.
O responsável acrescentou ainda que “o processo vai igualmente estimular o surgimento de pequenas e médias empresas petrolíferas, promover a incorporação de mão-de-obra qualificada angolana, bem como fomentar a inovação tecnológica e boas práticas de governação”. Todos esses factores, na óptica de José Barroso, vão concorrer para atenuar o declínio da produção, incrementando a actividade de exploração e descoberta de novos recursos.
Por sua vez, o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, lembrou ser a quarta vez, desde a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, em Fevereiro de 2019, que “abrem as portas para juntos acompanharem uma das etapas determinantes que vai conduzir à concessão de blocos petrolíferos”, desta vez, nas bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza.
De acordo com o gestor, a ANPG está empenhada em manter o país como um ponto atractivo para o investimento no sector petrolífero, com a implementação de um conjunto de reformas gizadas pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás. “Nunca é demais reiterar que temos um ambiente de negócios estável e que a nossa abordagem tem o selo da flexibilidade negocial, colocando à disposição do investidor mais de 50 blocos até ao ano 2025”, frisou.
Presente no acto, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, congratulou-se com a participação de empresas angolanas entre as que apresentaram propostas, “designadamente pelo interesse e pela perseverança que demonstram ao participar nestes concursos e em contribuírem para o incremento da produção petrolífera nacional, também com base na actividade onshore“. Diamantino Azevedo desafiou a ANPG a avançar com a estratégia de licitação para 2025.
“Provavelmente já o estão a fazer, com base em toda a experiência acumulada, para que Angola continue a procurar petróleo no seu território e possa de aí retirar os devidos proveitos, ao mesmo tempo que concilia essa actividade com os parâmetros e os princípios da transição energética, estabelecendo um equilíbrio no país entre a exploração dos combustíveis fósseis e das energias renováveis, por forma a diminuir-se substancialmente a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera e a aumentar a descarbonização”, sublinhou.
Abaixo a lista das 22 empresas cujas propostas foram abertas e validadas pela concessionária nacional. Destas, 12 foram recepcionadas por via online.
- 5 C OIL & GAS
- ACE CONSULTS
- ACREP, SA
- AFENTRA
- ANM ENERGY/ QUIMENERGY
- APEX/CORCEL
- EFFIMAX ENERGY, LDA
- ENAGOL, LDA
- ETU ENERGIAS
- GESP ENERGY
- INDEX PETROLUBE
- INTANK GROUP
- KEBO ENERGY
- MONKA OIL
- SERINUS ENERGY
- SIMPLES OIL
- SOCONINFA
- SONANGOL
- TRANSOCEANIC GROUP
- TUSKER ENERGY
- WALCOT GROUP
- WHAZWIMI INVESTIMENT HOLDING