Angola está em destaque na 60ª Bienal de Veneza, com a presença de artistas de renome, mesmo sem um pavilhão nacional este ano. Nomes como Sandra Poulson, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda apresentam o seu trabalho nesta edição através da Jahmek Contemporary Art.
De acordo com a nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Sandra Poulson destaca-se com a instalação “Onde o Asfalto Termina e a Terra Batida Começa”, na Biennale College Art, um programa dedicado a jovens estudantes. A artista angolana foi uma das quatro finalistas entre 150 artistas emergentes de 37 países.
Kiluanji Kia Henda, que regressa à Bienal, apresenta no Arsenale duas séries fotográficas e a escultura “Espiral do Medo”, obra já exibida na galeria Jahmek Contemporary Art.
Já Mónica de Miranda é curadora do Pavilhão de Portugal, juntamente com Sónia Vaz Borges e Vânia Gala. Com o projeto “Greenhouse”, propõem um espaço em forma de jardim-escola, fomentando encontros entre artes visuais, performance e investigação.
No Pavilhão de Portugal, temas como colonização, lutas armadas de libertação, migração e diáspora assumem um lugar central.
Para Mehak Vieira, fundadora da Jahmek Contemporary Art, esta é uma participação histórica para a galeria e para Angola, destacando a importância da representatividade africana no evento de arte mais importante do mundo.
A participação dos artistas angolanos surge num contexto em que a Bienal adotou o tema “Estrangeiros em Todos os Lugares”, centrando-se em artistas que são eles próprios estrangeiros, imigrantes, expatriados, diaspóricos, emigrados, exilados e refugiados.
O curador desta edição, o brasileiro Adriano Pedrosa, destaca o mundo repleto de múltiplas crises relacionadas com a circulação e a existência de pessoas entre países, expressando diferenças condicionadas pela identidade, nacionalidade, raça, género, sexualidade, riqueza e liberdade.