Através da plataforma Serviços de Saúde ao Domicílio (SSD) o encontro entre médicos e pacientes tornou-se mais facilitado, a app tem permitido a realização de consultas online, exames médicos e atendimento ao domicílio sem a necessidade do paciente deslocar-se a uma unidade hospitalar.
A ideia do jovem angolano, Idalécio de Oliveira, surge depois de passar por um estágio médico na província da Huíla, onde ficou chocado com a realidade e percebeu as dificuldades do sistema de saúde e principalmente no acesso a médicos especialistas. Com o suporte das novas tecnologias criou a plataforma SSD.
Lançada a 8 de Junho, a plataforma visa facilitar ao máximo o encontro entre médicos e pacientes, servindo-se da tecnologia para promover uma melhor relação entre os dois intervenientes, tal como conta à F\ORBES o CEO da SSD, Idalécio de Oliveira.
Com um total de 198 médicos cadastrados, a partir da SSD os pacientes podem marcar consultas de diferentes especialidades desde a pediatria, medicina Interna, dermatologia, oncologia, neurocirurgia, medicina do trabalho, imagiologia, nutrição, psicologia, cirurgia geral, ortopedia e traumatologia, estomatologia, medicina geral.
Revela ainda que a SSD atende em média 20 pacientes por dia, sendo que no mês de Outubro realizou-se mais de 400 consultas e tenciona atingir uma média de 500 atendimentos por mês.
Actualmente, a plataforma chega a todos os cantos do país onde haja um dispositivo com acesso a internet, mas, para o gestor, a intenção é de expandir os serviços da SSD aos 164 municípios do país e ter mais de 2000 médicos associados nos próximos dois anos.
Por outra, o gestor salienta que a plataforma pretende arrancar em 2021 o processo de expansão nacional, com a implementação dos centros de telemedicina de nível institucional, bem como de quiosques de saúde. Para o efeito, Idalécio de Oliveira conta que a SSD tem convénio com três unidades hospitalares.
Explica ainda que a SSD funciona como Market Place, onde pacientes e médicos fazem o seu registo, estes últimos depois de passarem por um sério processo de validação, em que um dos principais requisitos é ter um número válido da Ordem dos Médicos válido e um histórico de reconhecido mérito.
“A plataforma disponibiliza opções de realização de consultas online ou mesmo atendimento domiciliar, para além da realização de alguns exames ao domicílio”
Por outro lado, Idalécio de Oliveira refere que a SSD permite ter historiais médicos na nuvem, disponível para consultas, diminuindo assim o tempo no diagnóstico dos pacientes, bem como na solicitação de exames e receitas.
“Temos estado a resolver e a facilitar na resolução de problemas complexos, sendo que em tempos de pandemia, as pessoas antes de pensarem em ir ao hospital, pensam no SSD”, remata.
O reconhecimento pelo trabalho tem sido notório por parte da população e já valeu o prémio Responsabilidade Social no Unitel Go Challenge.