O Governo angolano prevê poupar este ano cerca de 400 mil milhões de kwanzas, com a remoção parcial do subsídio à gasolina, anunciou a ministra das Finanças.
Este montante, explicou Vera Daves, não está encaixado apenas no exercício económico, por haver necessidade de se dar tempo à Sonangol de fazer as tais vendas, conseguir as receitas e pagar os impostos que, por sua vez, entrarão na Conta Única do Tesouro (CUT).
Já o ministro para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, acrescentou que se trata de uma medida necessária, visando a organização da economia nacional para que haja um crescimento económico duradouro, sólido e capaz de resolver os grandes problemas do país.
“Para uma economia poder funcionar, tem que ter os seus preços estabelecidos de maneira objectiva. Quando os preços estão distorcidos é um mau sinal para os agentes de mercado”, justificou.
Segundo o ministro para a Coordenação Económica, “com a remoção destes subsídios, vai ser possível ter uma reserva de recursos que permitirão fazer mais investimentos em áreas de desenvolvimento do país, como educação, saúde, segurança social e habitação para o combate ao desemprego que afecta a nossa juventude”, destacou.
Em 2022, a subvenção aos preços dos combustíveis ascendeu a cerca de 1,98 biliões de kwanzas (3,5 mil milhões de euros).
No âmbito da anunciada estratégia, o Governo prevê assim a remoção parcial do subsídio ao preço da gasolina, e a remoção parcial e progressiva do subsídio dos preços do gasóleo e do petróleo iluminante, de forma faseada a partir de 2024, até a sua liberalização em 2025.