Um sistema de transferências instantâneas entra em funcionamento em Angola no final de Junho, permitindo transações entre entidades financeiras bancárias e não bancárias, segundo anunciou Terça-feira, 31 de Maio, o administrador executivo da Emis – Empresa Interbancária de Serviços.
Pedro de Abreu, que falava no Fórum de Inclusão Financeira para o Desenvolvimento, avançou que a Emis vai ser um operador do sistema de transferências instantâneas, que se encontra em fase de testes, devendo as primeiras operações iniciarem no final deste mês.
Para o administrador executivo da Emis, o referido sistema, que iniciará “ainda num piloto controlado”, é uma iniciativa que assenta bem na inclusão financeira.
“Trata-se de um sistema que irá agregar as entidades financeiras bancárias como as entidades financeiras não bancárias, ou seja, os prestadores de serviços de pagamentos, e a sua versão mais simples é permitir a transferência de fundos entre estes prestadores de serviços, sejam bancos sejam não bancos, e dessa forma servir de plataforma de interoperabilidade”, explicou.
Com esta iniciativa, diz Pedro de Abreu, existe uma base para se assistir ao desenvolvimento cada vez maior e o surgimento de cada vez mais iniciativas de pagamentos móveis, que se juntarão às iniciativas dos bancos que considerou serem “muito importantes”.
O sistema vai possibilitar o acesso à rede de ATM (caixas automáticos) para levantamento de dinheiro de carteiras móveis, o acesso à rede de pontos de venda dos comerciantes, ter acesso a todos os sistemas de serviços e pagamentos ao Estado que a EMIS possui, entre outros benefícios, destacou o gestor.
O administrador executivo da Emis garantiu que o sistema de transferência instantânea e a plataforma de interoperabilidade vai ter custos muito baixos, “precisamente para dar resposta ao desafio da inclusão financeira”.
A implementação desse novo sistema é de iniciativa do Banco Nacional de Angola (BNA), com o propósito de dar maior segurança e eficiência aos sistemas de pagamento, mas também aumentar os níveis de inclusão financeira, bem como desenvolver cada vez mais os pagamentos móveis, que contavam, até Janeiro último, segundo o governador do banco central angolano, José de Lima Massano, com cerca de um milhão de aderentes em todo o país.
Com Lusa





